quarta-feira, 5 de maio de 2010

Como usar as Velas na Santa Missa

Cerimoniando em uma celebração em um determinado local deparei-me com a seguinte afirmação."Poe só uma vela no altar é mais bonito, representa a unidade dos cristãos!".Diante de tamanha ignorância liturgica por parte da equipe celebrativa desta missa resolvi por este post sobre o uso das velas na celebração eucarística.

Bom proveito!

"...Coloquem-se , em qualquer celebração, ao menos (no mínimo) dois cartiças com velas acessas..."(IGMR, 117) E não só um, como alguns padres afirmam por ai.




Missa de Ordenação

Missa Pontifical , com todas as velas requeridas pela instrução do Missal romano para "Missa Pontifical " (Missa Solene com o Bispo). Assim diz o missal:


"... Quando celebrar o bispo diocesano, coloque-se sete cartiças..." (IGMR 117)



Se ultiliza 2 cartiçais acessos para a proclamação do evangelho. Tendo o círio pascal acesso proximo do ambão esses cartiças deverão ser substituídos pelo círio acesso.
"Toma o evangeliário ... precedido dos ministros leigos, que podem levar o turibulo e os CARTIÇAIS , dirigindo-se ao ambão..." (IGMR, 133)Fonte: IGMR e blog Eccleisa catholica

terça-feira, 4 de maio de 2010

ATENÇÃO!

POR FAVOR, PEÇO A TODOS QUE PARTICIPAM E VISITAM
O BLOG QUE EXPRESSEM OPINIÕES NOS ARTIGOS POSTADOS
E DEIXEM TAMBÉM SUGESTÕES DE TEMAS QUE GOSTARIAM
DE VER AQUI EXPOSTO. MUITO OBRIGADO DESDE JÁ
ESPERO COLABORAÇÃO!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Santa Missa é a Renovação Mística e Incruenta do Sacrifício do Calvário

1 – A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício Redentor de Cristo, começado na Sua Encarnação e consumado no Calvário.

1.1 – No Calvário, Jesus Cristo ofereceu-Se de um modo sangrento.
Na Missa,
oferece-Se de um modo sacramental, debaixo das aparências do Pão e do Vinho, para continuamente aplicar a nós, que não assistimos à Sua Obra Redentora, os frutos da Sua Encarnação, do Seu Nascimento, da Sua Vida oculta e pública, da Sua Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão ao Céu.

1.2 – Tudo isto está contido na Santa Missa, que é, como diz S. Tomás:
«O Sacrifício incruento da Vítima novamente enviada pelo Pai para os nosso altares, para nos aplicar os merecimentos infinitos da Sua Redenção, nomeadamente através da Sua Paixão e Morte».

2 – «A Missa é o próprio Sacrifício que foi oferecido a Deus sobre a Cruz», diz o Concílio de Trento.
É oferecido de um modo místico e incruento (sem derramamento de sangue), mas tem o mesmo valor e a mesma eficácia, pois nos aplica os frutos da Redenção de Cristo, operada de uma vez para sempre pelo nosso Divino Redentor, há perto de dois milénios.

2.1 – Sendo certo que pelo Sacrifício da Missa não somos novamente redimidos, pois já o fomos pelo Sacrifício cruento da Cruz; o Concílio de Trento define, como dogma de Fé, que «são-nos todavia aplicados os preciosos frutos da Redenção do Sacrifício da Cruz, através do Sacrifício incruento da Eucaristia» (C. Trento XII).

3 – Na Santa Missa, o Sacerdote é Jesus Cristo, e igualmente é Ele a Vítima.
No altar, o Padre não é mais que o representante e o instrumento de que Cristo se serve, mormente para a Consagração do pão e do vinho no verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor Jesus.

3.1 – Na Santa Missa, é Deus feito Homem que Se oferece ao Pai, a Ele próprio no Seu Verbo e ao Espírito Santo, para adorar, louvar, agradecer, reparar e pedir em nosso nome, visto sermos membros do Seu Corpo Místico.

4 – «Todas as boas obras reunidas não equivalem ao Santo Sacrifício da Missa, porque são obras de homens, enquanto que a Missa é Obra de Deus.
O martírio humano [por mais valioso e doloroso que seja] não é quase nada, comparado com a Santa Missa, porque é o sacrifício que o homem faz a Deus da sua vida.
Mas a Santa Missa é o Sacrifício (supremo) que (o próprio) Deus faz do Seu Corpo e Sangue por Amor dos homens [pelo que tem valor infinito]».
(S. João Maria Vianney / Santo Cura de Ars)

5 – «Nenhuma língua humana pode expressar os enormes e preciosos frutos e graças que emanam da Celebração do Santo Sacrifício da Missa, em especial para os fiéis dignamente participantes:
O pecador encontra ali a disposição para a sua reconciliação com Deus, e o justo a sua purificação e perfeição mais amplas.
Ali, os pecados são perdoados, ao menos os veniais, os vícios afogados, as virtudes aumentadas e as insídias de Satanás são desbaratadas
».

(S. Lourenço Justiniano)

6 – «Uma só Missa pesa mais na balança da Justiça e da Misericórdia de Deus do que todas as orações e boas obras de todos os Santos e Missionários.
Uma só Missa dá mais Glória a Deus do que todos os milagres dos Santos e do que os cânticos dos Coros dos Anjos»(Venerável Padre Matéo).

7 – «Uma maneira óptima de obtermos qualquer graça agradável a Deus, sobretudo a conversão dos pecadores, é mandar celebrar a Santa Missa em honra da Misericórdia Divina» (Revelou Jesus a Santa Faustina).


José Mariano

domingo, 2 de maio de 2010

Como se vestir para ir à Santa Missa?

Por Francisco Dockhorn

Fonte: http://reinodavirgem.vilabol.uol.com.br/comovestir.html

Muitos hoje se perguntam qual é a melhor forma de se vestirem para participar do Santo Sacrifício da Missa. Alguns procuram responder à estes afirmando que "tanto faz, pois o que importa é o coração". Mas o que dizem os documentos oficiais da nossa Santa Mãe Igreja à respeito disso?

O Catecismo da Igreja Católica (n. 1387) afirma, sobre o momento da Sagrada Comunhão: "A atitude corporal - gestos, roupa - há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede."

Para compreender o porquê o Catecismo afirma isto à respeito das vestes, é importante compreender o que é a Santa Missa: ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho tornam-se verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor (Catecismo da Igreja Católica, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem derramamento de sangue), pois não se repete, ou seja, é o mesmo e único Sacrifício do Calvário, porém, torna-se verdadeiramente presente na Santa Missa para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício." (Catecismo da Igreja Católica, 1367)

É preciso evitar, então, primeiramente as roupas que expõe o corpo de forma escandalosa, como decotes profundos, shorts curtos ou blusas que mostrem a barriga. Mas convém que se evite também tudo o que contraria, como afirma o Catecismo, a alegria, a solenidade e o respeito - isto é, banaliza o momento sagrado.

O bom senso nos mostra, por exemplo, que partindo do princípio da solenidade, é melhor que se use uma calça do que uma bermuda. Ora, na nossa cultura, não se vai a um encontro social solene usando uma bermuda!

O bom senso nos mostra também que, partindo do princípio do respeito e da não-banalização do sagrado, é melhor que se evite roupas que chamam atenção para o corpo ou para elementos não relacionados com a Sagrada Liturgia. É melhor que uma mulher, por exemplo, utilize uma blusa com mangas do que uma blusa de alcinha; é melhor que utilize uma calça discreta, saia ou vestido do que uma calça estilo "mulher-gato" (isto é, apertadíssima); também é melhor que se utilize, por exemplo, uma camisa ou camiseta discreta do que uma camiseta do Internacional ou do Grêmio.

A questão se reveste de uma seriedade ainda maior quando se trata daqueles que exercem funções litúrgicas, tais como os leitores e músicos. Pois estes, além de normalmente estarem mais expostos ao público que os demais, acabam por serem também modelos.

É de acordo com este senso que até a pouco tempo atrás era comum se utilizar a expressão popular "roupa de Missa" ou "roupa de Domingo" como sinônimo da melhor roupa que se tinha. Quanto bem faria aos católicos se esta expressão fosse restaurada!

Quanto aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grandes parte das normas litúrgicas da Santa Igreja, bem como com os diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, incenso, gestos do corpo, etc), que partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé católica à respeito que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.

A este respeito, escreveu o saudoso Papa João Paulo II: "De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. (...) Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo." (Mane Nobiscum Domine, 18)

Concluímos com as palavras de São Josemaria Escrivá em uma de suas fantásticas homilias, recordando seus tempos de infância: "Lembro-me de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor." Afirma ainda: "Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos preparar-nos?" ("Homilias sobre a Eucaristia", Ed. Quadrante)