Se ultiliza 2 cartiçais acessos para a proclamação do evangelho. Tendo o círio pascal acesso proximo do ambão esses cartiças deverão ser substituídos pelo círio acesso.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Como usar as Velas na Santa Missa
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terça-feira, 4 de maio de 2010
ATENÇÃO!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
A Santa Missa é a Renovação Mística e Incruenta do Sacrifício do Calvário
1 – A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício Redentor de Cristo, começado na Sua Encarnação e consumado no Calvário.
1.1 – No Calvário, Jesus Cristo ofereceu-Se de um modo sangrento.
Na Missa, oferece-Se de um modo sacramental, debaixo das aparências do Pão e do Vinho, para continuamente aplicar a nós, que não assistimos à Sua Obra Redentora, os frutos da Sua Encarnação, do Seu Nascimento, da Sua Vida oculta e pública, da Sua Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão ao Céu.
1.2 – Tudo isto está contido na Santa Missa, que é, como diz S. Tomás:
«O Sacrifício incruento da Vítima novamente enviada pelo Pai para os nosso altares, para nos aplicar os merecimentos infinitos da Sua Redenção, nomeadamente através da Sua Paixão e Morte».
2 – «A Missa é o próprio Sacrifício que foi oferecido a Deus sobre a Cruz», diz o Concílio de Trento.
É oferecido de um modo místico e incruento (sem derramamento de sangue), mas tem o mesmo valor e a mesma eficácia, pois nos aplica os frutos da Redenção de Cristo, operada de uma vez para sempre pelo nosso Divino Redentor, há perto de dois milénios.
2.1 – Sendo certo que pelo Sacrifício da Missa não somos novamente redimidos, pois já o fomos pelo Sacrifício cruento da Cruz; o Concílio de Trento define, como dogma de Fé, que «são-nos todavia aplicados os preciosos frutos da Redenção do Sacrifício da Cruz, através do Sacrifício incruento da Eucaristia» (C. Trento XII).
3 – Na Santa Missa, o Sacerdote é Jesus Cristo, e igualmente é Ele a Vítima.
No altar, o Padre não é mais que o representante e o instrumento de que Cristo se serve, mormente para a Consagração do pão e do vinho no verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor Jesus.
3.1 – Na Santa Missa, é Deus feito Homem que Se oferece ao Pai, a Ele próprio no Seu Verbo e ao Espírito Santo, para adorar, louvar, agradecer, reparar e pedir em nosso nome, visto sermos membros do Seu Corpo Místico.
4 – «Todas as boas obras reunidas não equivalem ao Santo Sacrifício da Missa, porque são obras de homens, enquanto que a Missa é Obra de Deus.
O martírio humano [por mais valioso e doloroso que seja] não é quase nada, comparado com a Santa Missa, porque é o sacrifício que o homem faz a Deus da sua vida.
Mas a Santa Missa é o Sacrifício (supremo) que (o próprio) Deus faz do Seu Corpo e Sangue por Amor dos homens [pelo que tem valor infinito]».
(S. João Maria Vianney / Santo Cura de Ars)
5 – «Nenhuma língua humana pode expressar os enormes e preciosos frutos e graças que emanam da Celebração do Santo Sacrifício da Missa, em especial para os fiéis dignamente participantes:
O pecador encontra ali a disposição para a sua reconciliação com Deus, e o justo a sua purificação e perfeição mais amplas.
Ali, os pecados são perdoados, ao menos os veniais, os vícios afogados, as virtudes aumentadas e as insídias de Satanás são desbaratadas».
(S. Lourenço Justiniano)
6 – «Uma só Missa pesa mais na balança da Justiça e da Misericórdia de Deus do que todas as orações e boas obras de todos os Santos e Missionários.
Uma só Missa dá mais Glória a Deus do que todos os milagres dos Santos e do que os cânticos dos Coros dos Anjos»(Venerável Padre Matéo).
7 – «Uma maneira óptima de obtermos qualquer graça agradável a Deus, sobretudo a conversão dos pecadores, é mandar celebrar a Santa Missa em honra da Misericórdia Divina» (Revelou Jesus a Santa Faustina).
José Mariano
domingo, 2 de maio de 2010
Como se vestir para ir à Santa Missa?
Por Francisco Dockhorn
Fonte: http://reinodavirgem.vilabol.uol.com.br/comovestir.html
Muitos hoje se perguntam qual é a melhor forma de se vestirem para participar do Santo Sacrifício da Missa. Alguns procuram responder à estes afirmando que "tanto faz, pois o que importa é o coração". Mas o que dizem os documentos oficiais da nossa Santa Mãe Igreja à respeito disso?
O Catecismo da Igreja Católica (n. 1387) afirma, sobre o momento da Sagrada Comunhão: "A atitude corporal - gestos, roupa - há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento
Para compreender o porquê o Catecismo afirma isto à respeito das vestes, é importante compreender o que é a Santa Missa: ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho tornam-se verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor (Catecismo da Igreja Católica, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem derramamento de sangue), pois não se repete, ou seja, é o mesmo e único Sacrifício do Calvário, porém, torna-se verdadeiramente presente na Santa Missa para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício." (Catecismo da Igreja Católica, 1367)
É preciso evitar, então, primeiramente as roupas que expõe o corpo de forma escandalosa, como decotes profundos, shorts curtos ou blusas que mostrem a barriga. Mas convém que se evite também tudo o que contraria, como afirma o Catecismo, a alegria, a solenidade e o respeito - isto é, banaliza o momento sagrado.
O bom senso nos mostra, por exemplo, que partindo do princípio da solenidade, é melhor que se use uma calça do que uma bermuda. Ora, na nossa cultura, não se vai a um encontro social solene usando uma bermuda!
O bom senso nos mostra também que, partindo do princípio do respeito e da não-banalização do sagrado, é melhor que se evite roupas que chamam atenção para o corpo ou para elementos não relacionados com a Sagrada Liturgia. É melhor que uma mulher, por exemplo, utilize uma blusa com mangas do que uma blusa de alcinha; é melhor que utilize uma calça discreta, saia ou vestido do que uma calça estilo "mulher-gato" (isto é, apertadíssima); também é melhor que se utilize, por exemplo, uma camisa ou camiseta discreta do que uma camiseta do Internacional ou do Grêmio.
A questão se reveste de uma seriedade ainda maior quando se trata daqueles que exercem funções litúrgicas, tais como os leitores e músicos. Pois estes, além de normalmente estarem mais expostos ao público que os demais, acabam por serem também modelos.
É de acordo com este senso que até a pouco tempo atrás era comum se utilizar a expressão popular "roupa de Missa" ou "roupa de Domingo" como sinônimo da melhor roupa que se tinha. Quanto bem faria aos católicos se esta expressão fosse restaurada!
Quanto aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grandes parte das normas litúrgicas da Santa Igreja, bem como com os diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, incenso, gestos do corpo, etc), que partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé católica à respeito que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.
A este respeito, escreveu o saudoso Papa João Paulo II: "De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. (...) Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo." (Mane Nobiscum Domine, 18)
Concluímos com as palavras de São Josemaria Escrivá em uma de suas fantásticas homilias, recordando seus tempos de infância: "Lembro-me de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor." Afirma ainda: "Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos preparar-nos?" ("Homilias sobre a Eucaristia", Ed. Quadrante)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
29 de abril - Santa Catarina de Sena
A vida dessa santa é cercada de tanta docilidade, bondade e caridade, que nos impressiona. A sua doce e singular personalidade se misturava com a sua marca, que era de extrema feminilidade, a qual regia a seu cotidiano.Foi em Sena que se presenciou o seu nascimento no dia 25 de março de 1347. Era a vigésima filha do casal Tiago e Lapa Benincasa .
Sua vida religiosa se inicia aos sete anos de idade e logo se poderia averiguar seus belos frutos. Completos seus quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Conta-se que em uma passagem de sua vida, para poder vencer a repugnância para com um leproso que exalava um cheiro horrível, inclinou-se em sua direção e beijou-lhe as chagas.
Era de extrema bondade e caridade para com os pobres, e em público lia as suas cartas endereçadas a papas, reis e líderes. Esse papel social e político lhe renderam sérias complicações. Catarina teve que se explicar para os Dominicanos, insatisfeitos com sua atitude. Foi presa e em seu cárcere escreveu o“Diálogo sobre a Divina Providência”.
Foi lá também que adoeceu e, em 29 de abril de 1830, aos 33 anos de idade, veio a falecer encontrando o criador, conforme era o seu gosto. Foi canonizada a 29 de abril 1461 e em 1939 já tinha sido declarada a padroeira da Itália, juntamente a São Francisco de Assis.
Santa Catarina de Sena foi considerada Doutora da Igreja devido as idéias teológicas e místicas descritas em sua obra.
Oração de Santa Catarina de Sena:
“Trindade eterna, vós sois um mar profundo, no qual, quanto mais procuro, mais encontro. E quanto mais encontro, mais procuro. Vós nos saciais de maneira completa, pois, no vosso abismo, saciais a alma de tal sorte que ela fica sempre com mais fome de vós. Que podereis dar-me mais de vós mesmo?
Sois o Fogo que queima sempre e nunca se consome. Sois o Fogo que consome no vosso ardor todo amor-próprio da alma; sois o Fogo que tira todo frio, que ilumina todas as inteligências e, pela vossa luz, me fizestes conhecer a verdade.
Dais ao olho humano luz sobrenatural em grande abundância e perfeição, e iluminais a própria luz da fé. É nessa fé que minha alma tem vida. Na luz da fé adquiro a sabedoria, na sabedoria do vosso Filho único; na luz da fé, tomo-me forte e constante persevero. Na luz da fé, espero que não me deixareis sucumbir no caminho...”
Os Acólitos
Por Rafael Vitola Brodbeck
Os acólitos, ou ministros, são os aqueles que servem ao altar. É por isso que, genericamente, também são chamados servos.
Podem ser instituídos mediante um rito litúrgico próprio pelo qual recebem um verdadeiro ministério, antigamente chamado de ordem menor. São esses acólitos instituídos que mais propriamente podem ser denominados acólitos. São os acólitos por antonomásia. Para diferenciá-los dos demais servos, acólitos não-instituídos, ou acólitos eventuais, sempre usaremos, nesta obra, a expressão “acólito instituído” para designá-lo.
O acólito instituído é ministro extraordinário da Comunhão Eucarística, podendo, nos casos permitidos pela lei canônica, conforme veremos adiante. Tem precedência sobre quaisquer outros leigos nesse ofício.
Todos, instituídos ou não, são fundamentais para a uma liturgia bem feita e, pois, precisam ser formados pare melhor desempenharem seu papel. Tanto a Missa simples como a solene podem ter acólitos, mas em nenhuma é estritamente obrigatório. Evidentemente, se mesmo na Missa simples é conveniente que exista ao menos um acólito, com muito mais razão na Missa solene, por sua própria natureza.
Ordinariamente, os acólitos assistem Missa no presbitério. Todavia, especialmente em uma Missa simples, o acólito não-instituído e que esteja sem paramentos, pode permanecer na nave ou no coro e só adentrar o presbitério para ajudar o celebrante no Ofertório e na Purificação depois da Comunhão. Sempre, entretanto, mesmo não-instituído e sem paramentos, em Missa simples ou solene, pode permanecer em uma cadeira ao lado do celebrante. Nas Missas com vários acólitos, alguns deles estarão mais próximos do celebrante e outros ocuparão cadeiras na sedília ou então no coro.
Estritamente falando, os acólitos ajudam no altar, oficiando, se forem instituídos, nas funções reservadas, segundo o Missal anterior à reforma litúrgica, aos antigos subdiáconos: servir o diácono, preparar os vasos e o altar etc. Em um grupo de acólitos, ocupa a liderança dentre eles um que seja instituído, se houver. Também é preferível que o cerimoniário, se for acólito, seja um instituído.
Além dessas funções, os acólitos podem desempenhar outros papéis na liturgia. Nesse caso, se ocuparem exclusivamente um só desses papéis, recebem nomes especiais:
se leva a cruz processional, é o CRUCIFERÁRIO;
se leva as velas, é o CEROFERÁRIO ou LUCIFERÁRIO;
se leva as tochas na Missa solene, é o TOCHEIRO, mas também pode ser chamado de ceroferário;
se leva e usa o turíbulo, é o TURIFERÁRIO;
se leva a naveta com o incenso, é o NAVETEIRO.Os acólitos podem também levar os livros litúrgicos, especialmente o Missal e o breviário.
Também, na Missa presidida pelo Bispo, especialmente se for pontifical, alguns acólitos servem diretamente a ele, carregando os livros litúrgicos, a mitra e o báculo, com um véu branco nas mãos chamado vimpa.
Se não houver acólito instituído, outros varões leigos ocupam o seu lugar e se desincumbem de suas funções.[i] São os servos, estritamente falando, ou acólitos eventuais.
Os acólitos eventuais podem ser estáveis, quando, então recebem uma investidura do pároco ou reitor de igreja, celebração esta que não se confunde com a instituição pela qual o Bispo dá a algum varão o ministério próprio do acolitato.
Todos os atos executados pelos acólitos não-instituídos podem ser feitos pelos coroinhas, mormente quando não estejam presentes ministros mais velhos. Ou seja, podem eles ser turiferários, cruciferários, ceroferários, tocheiros, levar os livros, servir ao Bispo, ajudar no altar; só não podem distribuir extraordinariamente a Eucaristia. Geralmente, em uma Missa na qual sirvam acólitos e coroinhas, os primeiros desempenham funções que requerem mais cuidados enquanto as crianças os ajudam ou carregam objetos menos “perigosos”, adequados à sua própria condição.
O cerimoniário ou mestre-de-cerimônias é quem coordena todas as ações cerimoniais durante a Santa Missa e outros atos litúrgicos. Geralmente é um acólito instituído ou um sacerdote que não esteja celebrando a Missa. Sempre varão, pois, ainda que não-instituído, é um acólito (quando não um clérigo). Veste batina com sobrepeliz, ou então a alva com o cíngulo. A sua batina, em vez de preta, pode ser violeta, para diferenciá-lo dos demais acólitos. Mesmo que os demais acólitos vistam alva e cíngulo, é bom que o cerimoniário, ao menos, vista batina (seja preta, seja violeta) e sobrepeliz, para se destacar em sua importante função litúrgica.
Na Procissão de Entrada da Missa simples, vai pouco à frente do sacerdote e atrás dos demais ministros, e na Missa solene entre os leitores instituídos e clérigos em veste coral (ou, na sua falta, dos que andam imediatamente depois).
[i] cf. IGMR, 100.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Decoro nos lugares Sagrados
Autor: Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales
Arcebispo emérito do Rio de Janeiro (Brasil)
Fonte: www.cliturgica.org
Tratemos hoje de desvios que, por vezes, ocorrem em igrejas e capelas. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos diz: “Não é estranho que os abusos tenham sua origem em um falso conceito de liberdade. Posto que Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo” (Instrução “Redemptionis Sacramentum”, n. 7).
Esses desvios, sem dúvida, “contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica sobre este admirável Sacramento” (Carta Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”, n. 10), principalmente neste período de maior afluência de turistas ao nosso país e, aqui, à Catedral e à capela do Santuário Cristo Redentor do Corcovado, entre outros pontos.
Os sacerdotes que respondem pelo respeito a esses e a outros lugares sagrados esperam contar com a colaboração dos visitantes.
Dizia São Josemaria Escrivá: “Lembro-me de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor”.
Afirmava ainda: “Quando na terra se recebem pessoas investidas de autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira devemos preparar-nos?” (Homilias sobre a Eucaristia).
O novo “Catecismo da Igreja Católica” nos adverte: “A atitude corporal – gestos, roupa – há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede”. (n. 1387)
Nas mais diversas religiões, existe o lugar sagrado e quem nele entra, deve fazê-lo do modo de agir e de vestir condizente com o Sagrado. Em uma igreja católica acresce uma observância de regras mais exigentes, pois nossa fé nos ilumina com a presença real no Sacrário, em cujo interior está a Eucaristia, Jesus Cristo vivo sob as espécies sacramentais.
Mesmo os que não pertencem à Igreja Católica sentem-se na obrigação de uma postura adequada pelo mais elementar bom senso. O Senhor Jesus, tão compadecido no trato com os pecadores não recusa o uso de termos severos nesse assunto, o que revela a importância do que diz respeito à casa de Deus.
Há poucos anos, por diversas vezes, o Servo de Deus João Paulo II se manifestou sobre observância das normas litúrgicas. Na Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”, com data de 17 de abril de 2003, assim nos ensinava sobre o assunto: “Por isso, sinto o dever de fazer um veemente apelo para que as normas litúrgicas sejam observadas, com grande fidelidade, na celebração eucarística. Constituem uma expressão concreta da autêntica eclesialidade da Eucaristia; tal é o seu sentido mais profundo. A liturgia nunca é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade onde são celebrados os santos mistérios (…). A celebração da Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso, mas significativo, o seu amor à Igreja”.
O mesmo Sumo Pontífice, a 7 de outubro de 2004, em sua Carta Apostólica “Mane Nobiscum Domine”, assim se expressou: “Torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da presença real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo”, não só por ocasião da missa, mas em conseqüência da presença real na Eucaristia. A atitude de quem está no templo “seja caracterizada por um respeito extremo”. (“Mane Nobiscum Domine”, nº 18).
Evocando textos da Sagrada Escritura acerca do respeito pelo sagrado, cito ainda dois exemplos. No Antigo Testamento, o episódio da “sarça ardente” narra o que Deus diz a Moisés e elucida a sacralidade do lugar onde se encontra: “Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras, é uma terra santa” (Ex 3,5). No Novo Testamento, a atitude de Jesus reprova o desrespeito dos que ali se davam ao comércio: “Jesus entrou no Templo e expulsou todos os vendedores e compradores que lá estavam e disse-lhes: A minha casa será chamada casa de oração. Vós, porém, fazeis dela um covil de ladrões” (Mt 21, 13ss). Nas palavras de Jesus ecoa, não somente o facto de que a razão de ser do lugar sagrado é o culto divino, mas também um sinal da presença de Deus entre os homens e da religiosidade do povo.
Todas essas considerações nos levam a observar as normas a ser seguidas nas celebrações litúrgicas e nas visitas aos lugares de culto. Nos nossos dias, de maior movimentação pelo turismo, é importante não esquecer a diferença existente entre a visita a uma pinacoteca e ao lugar sagrado em si mesmo e, particularmente, durante a celebração litúrgica. Dois aspectos: o silêncio e o vestuário. O acolhimento aos que desejam entrar nas igrejas ou capelas não exclui a observância de certos requisitos por respeito ao sagrado e o clima espiritual a ser mantido.
Aqui no Rio de Janeiro, entre outros, cito a capela no Santuário Cristo Redentor do Corcovado, a Catedral e igrejas próximas à orla marítima. Não só durante as celebrações litúrgicas, as razões valem para quem tem fé, mas também para qualquer visitante por respeito ao lugar sagrado. Na entrada costuma haver advertências aos menos avisados sobre as exigências decorrentes da nossa fé. A observação das mesmas poupa eventuais aborrecimentos.
Os lugares de culto, bem cuidados, são eficazes meios de evangelização.